A SECA DE 1877 E A PARAÍBA I

Ainda tratando de A PARAÍBA E SEUS PROBLEMAS, a Seca de 1877, embora José Américo de Almeida (1887) não fosse nascido para testemunhar os horrores da multidão de retirantes, foi um episódio que marcou com certeza a memória de Areia, pela narrativa que ele faz cheia de detalhes. O episódio de antropofagia da menina Maria, de 05 anos no município de Pombal atraída com uma boneca por Dionísia dos Anjos, dá o tom do espetáculo de horrores. Nessa onda migratória do sertão para o litoral, muitas famílias sertanejas se fixaram na capital. A Paraíba é pouco maior que o Estado do Rio de Janeiro, mas por seu formato comprido entrando a oeste do território nordestino, o cortejo de retirantes deve ter durado semanas, já que a maioria vinha a pé. Nessa onda migratória, fixou-se na capital a família do escritor paraibano Coriolano de Medeiros, fundador da Academia Paraibana de Letras, hoje conhecida como Casa de Coriolano de Medeiros. Coriolano era bebê quando chegou na capital. Como legado de sua infância na década de 1880 na cidade da Parahyba, nos deixou a obra TAMBIÁ DA MINHA INFÂNCIA que narra os costumes, a organização urbana e a vida social da capital verdejante daqueles tempos. Laura Berquó

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