OS REDPILLS E MISOGINIA ETARISTA

OS REDPILLS E MISOGINIA ETARISTA Tem me preocupado a quantidade de mulheres gastando energia, fazendo vídeos para contestar esses Redpills que desqualificam mulheres 30+. Realmente é algo assustador mulheres de 40+ tentarem provar que são iguais as de 20+. Desde que o mundo é mundo tem homem pra mulher e mulher pra homem, de todos os gostos e não serão os Redpills que mudarão isso. Creio que como mulheres estão chegando bem no mercado de trabalho aos 35+, a única possibilidade que resta a homens inseguros é atacar a carência afetiva de algumas mulheres emocionadas que têm Complexo de Cinderela. A misoginia de homens insatisfeitos profissionalmente ou economicamente não é nova. Em "A Feiticeira" de Jules Michelet, um aspecto dentre outros é a da 'feiticeira solteirona' excluída do "mercado matrimonial". Mas Michelet também retrata a França medieval em que a violência doméstica contra mulheres, em especial contra campesinas, rotuladas como velhas bruxas, bode expiatório da frustração do sistema da época, era muitas vezes resultado da frustração dos descendentes masculinos que eram despojados do direito de herança por não serem primogênitos e muitas vezes não concorreriam em condições com os demais irmãos ou homens do lugar no "mercado do matrimônio" tendo que conviver com essas senhoras de sua família projetando de forma violenta a sua insatisfação do dia a dia. Diferente não é o alerta que nos traz Robert A. Johnson em "He - A Chave da Psicologia Masculina" em que ao discorrer sobre a ânima rejeitada, ela se vinga como projeção dos homens em suas esposas quando mais velhas. Há aí obviamente um descompasso existencial. Então realmente não entendo, o porquê tantas mulheres estão preocupadas com o gosto dos Redpill. O que devemos é nos unir para que a misoginia seja sim, tipificada, torne crime, mas nunca tentarmos provar a esses homens feridos na sua masculinidade que somos suficientes para eles. Laura Berquó

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