SOBRE O FILME DA BARBIE E O CONSUMO COLONIALISTA

SOBRE O FILME DA BARBIE E O CONSUMO COLONIALISTA Gente, agora com o filme da Barbie, muitas bonecas e produtos estão bombando. As roupas usadas no filme, cada modelo em uma boneca chega a R$ 300,00. Eu tenho 03 Barbies de tipos diferentes que comprei a R$ 30,00 há alguns anos. Amo bonecas. Mas agora aumentaram de preço. A Mattel conseguiu ampliar seu público justamente produzindo Barbies diferentes do tipo loiro e esguio. Hoje temos Barbies negras, ruivas, gordinhas, baixinhas, cabelo curto, sem cabelo, cacheado e por aí vai. Uma ótima forma de lucrar com identidades e identitárismos numa visão consumista e acrítica. Zigmunt Bauman informa em seu livro "Europa. Uma aventura Inacabada" que as roupas da Barbie têm na sua cadeia produtiva trabalho infantil da Sumatra (sexta maior ilha do mundo, localizada na Indonésia e com aproximadamente 60 milhões de habitantes, segundo a Wikipedia). O mesmo autor também informa na mesma obra que a Nike utiliza na sua cadeia produtiva a mão de obra precarizada e explorada do Vietnã. São formas atuais de colonialismo por meio do consumo. Precisamos nos perguntar sobre a racialização das relações de trabalho a partir do consumo colonialista. Então, Barbies de vários tipos não correspondem à diversidade de tipos, mas a um mercado abusivo, explorador de mão de obra de crianças que não devem ter dinheiro para comprar uma Barbie. As confecções "rosas" para atender ao mercado estão vindo de onde em tão rápida e ampla quantidade para lojas de departamento? Laura Berquó

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