COLONIZAÇÃO, INVASÕES FRANCESAS E FUGA DE CRISTÃOS NOVOS

Resumo da Obra "Memórias Históricas do Rio de Janeiro" de 1820 de Monsenhor Pizarro. Volume 1. Toda a obra de Monsenhor Pizarro é uma das fontes mais importantes para entendermos a história das antigas Capitanias do São Vicente I e de São Tomé, da Província e Cidade do Rio de Janeiro. Os pontos principais do volume 1 são o porquê de Dom João II, antecessor de Dom Manuel, ter determinado o planejamento de esquadras portuguesas para o Oeste. Informa ainda na obra o nome do ibérico que teria chegado às Américas antes de Colombo. O interesse de Portugal em navegar na direção das Américas teria sido motivado pelo desprezo e deboche de Colombo, que retornou a Portugal com essa finalidade para humilhar o rei português que tinha negado o financiamento para a viagem do genovês. Como inicia o estudo do batismo da localidade Rio de Janeiro por Martim Afonso de Souza que chegou no local em 1.01.1531 permanecendo somente naquele ano no lugar. A Praia Vermelha inicialmente se chamava Porto de Martim Afonso. A margem sul da Baía de Guanabara foi batizada de Rio de Janeiro, em referência à confusão feita no início do século XVI que acreditava que a entrada da Baía de Guanabara era a foz de um grande rio. Narra ainda brevemente nesse volume a fundação da cidade. No capítulo 2 narra as duas invasões francesas à cidade do Rio de Janeiro, sendo a primeira do século XVIII em 1710 sob o comando de DuClerc. Houve derrota dos franceses. A segunda invasão foi cometida foi sob o comando de Duguay Trouin durou em torno de 03 meses aproximadamente, no ano de 1711. Apesar de desde agosto de 1711 o Governador Francisco de Castro de Moraes ter conhecimento do ataque francês, não tomou providências, deixou a cidade à própria sorte, a população foi saqueada, ouro, prata e coisas de valor foram tomadas das casas que eram abandonadas temporariamente por cariocas. Houve a explosão de uma construção que guardava pólvora na Ilha de Villegagnon, matando 12 pessoas. A traição do Governador ao povo fez com que esses se desanimassem e outros desertassem sem o mesmo ânimo de 1710 quando populares combateram os franceses. A intenção do então Governador era ter acesso aos saques dos franceses aos cariocas. A situação só foi normalizada quando o Governador das Minas Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho chegou ao Rio expulsando os franceses em dezembro de 1711, mas durante muito tempo os cariocas sofreram com os prejuízos de perdas de vidas e com o abalo nas finanças da população. Em 1713, o Governador Francisco de Castro Moraes foi preso. Com relação aos cristãos-novos, os franceses ajudaram a libertar os 100 judeus presos à espera do julgamento do Tribunal do Santo Ofício sem que nenhum dos 100 tenham sido presos novamente. Laura Berquó

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