SITÔNIO PINTO E O SAIR

E em pleno solstício de inverno nos deixou o grande amigo Otávio Sitônio Pinto. Um ótimo escritor, foi um historiador que buscava entender o passado para transformar o ambiente que o cercava, oferecendo respostas para o desenvolvimento do semiárido nordestino. Sitônio foi um dos verdadeiros comunistas que conheci, com base teórica e com estilo de vida compatível com suas crenças ideológicas e morais. A obra 'Dom Sertão, Dona Seca' traz não somente informações históricas do município de Princesa Isabel (Sitônio era um saudosista e sobrinho-neto do Coronel Zé Pereira), mas sugere alternativas econômicas para o semiárido de uma sacada sem igual, respeitando o bioma da caatinga e dentro justamente das limitações do clima semiárido irregular nordestino trouxe propostas de solução para o antigo problema da seca. Cria a expressão SAIR para designar o Semi-Árido Irregular nordestino. Também foi um grande amigo que contamos, tendo nos ajudado financiando a passagem para o Rio de Janeiro de Felícia Aurora, angolana vítima de tráfico internacional de pessoas para a Paraíba, que eu representei na condição de advogada. Sitônio financiou os custos para que pudéssemos ir ao Rio até o Consulado Angolano, porque o Consulado só forneceu a passagem de ida do Rio para Angola para Felícia. Foi um grande amigo e sua memória deve ser lembrada pela sua produção e pelo seu estilo de vida compatível com o que pregava. (Foto Internet) Laura Berquó

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